Sílvia Bijoux e Acessórios

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

88 - UMA ESTRANHA AO ESPELHO

Este texto eu escrevi em janeiro de 2017 e ainda não havia publicado até hoje. Então, aqui vai...



QUEM SOU EU? 


NO QUE EU ME TORNEI? 


Que pessoa covarde,  sem vontade,  sem sentido,  sem brilho,  triste,  amargurada é essa que eu vejo no espelho? 


Olho e não me vejo. Vislumbro uma estranha. Uma pessoa sem cor,  sem vida,  sem vontade, sem sonhos. Vejo uma pessoa solitária por opção ou por não saber como pedir ajuda. 


Vejo um animal acuado, encolhido em seu canto,  com medo das pessoas ao seu redor. Uma pessoa triste, chorosa, irritadiça,  que num rompante pode se tornar raivosa,  descontrolada, incapaz de controlar seus próprios instintos e plenamente capaz de acabar com a própria vida. 


Vida.  Viver para que? Viver porque? Que sentido tem a vida hoje em dia?  


Tornei-me uma covarde,  abobalhada.  Que se  deixa destruir,  que deixa que os outros façam o que quiser dela,  que não se valoriza,  que deixa ser humilhada,  espezinhada, dominada, idiotizada. 


Quem sou eu afinal? Pra que  continuar vivendo? Pra que fazer meus parentes queridos sofrerem?


Quero paz.  Preciso de paz. Onde vou encontrá-la,  meu Deus? 


Paz…  Silêncio… Calmaria… Liberdade.  


Será que consigo encontrar isso com a morte?  Não quero fazer minha família sofrer mais.  Não aguento mais sofrer. O que será que Deus reservou para mim?  


Não tenho mais forças.  Não quero mais lutar.  Quero paz.  Apenas paz… 


Perdoem meu egoísmo. Mas preciso partir. 


Deixo aqui meu até logo,  até breve,  adeus. 


Preciso partir…

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